Abstract Consumption of wild mushrooms has increased in recent years; however, not all of them are edible and there is no precise information on those that may cause poisoning. Therefore, studies to obtain data about their toxicity are needed. For this purpose, we used the brine shrimp Artemia franciscana, a crustacean employed in toxicity tests and with wide application in the toxin detection, including mycotoxins. Mushrooms were collected in the state of Jalisco, Mexico, with which aqueous extracts were prepared. Dilutions of the stock solution of each extract were made to final concentrations of 50, 100, 250, 500, and 1000 µg/mL. Potassium dichromate (PD) was used as positive control and artificial seawater as negative control. The median lethal dose (LD50) of extracts on nauplii of A. franciscana was calculated. The aqueous extracts obtained from Amanita amerivirosa, A. muscaria, Chlorophyllum molybdites, and Leucopaxillus amarus showed a LD50 < 70 µg/mL, similar to PD (LD50 = 37 µg/mL). This is the first indication of the probable toxicity of Leucopaxillus amarus in humans. Cantharellus cibarius and Scleroderma texense caused the lower toxicity to the nauplii. The brine shrimp bioassay was effective in evaluating the toxicity of Basidiomycota. Scleroderma texense has been reported to be toxic, but it was not for this crustacean nauplii, and probably not to humans either, as recent literature has reported.
Resumo O consumo de cogumelos silvestres aumentou nos últimos anos; porém, nem todas as variedades são comestíveis e não há informações precisas sobre aquelas que podem causar intoxicação. Portanto, estudos para obter dados sobre sua toxicidade são necessários. Para tanto, utilizou-se o artêmia Artemia franciscana, crustáceo utilizado em testes de toxicidade e com ampla aplicação na detecção de toxinas, incluindo micotoxinas. Cogumelos foram coletados no estado de Jalisco, México, com os quais foram preparados extratos aquosos. As diluições da solução estoque de cada extrato foram feitas para as concentrações finais de 50, 100, 250, 500 e 1000 µg/mL. Dicromato de potássio (PD) foi usado como controle positivo e água do mar artificial como controle negativo. Calculou-se a dose letal mediana (DL50) dos extratos sobre os náuplios de A. franciscana. Os extratos aquosos obtidos de Amanita amerivirosa, A. muscaria, Chlorophyllum molybdites e Leucopaxillus amarus apresentaram DL50 < 70 µg/mL, semelhante ao DP (LD50 = 37 µg/mL). Esta é a primeira indicação da provável toxicidade de L.amarus em humanos. Cantharellus cibarius e Scleroderma texense causaram a menor toxicidade aos náuplios. O bioensaio de artêmia foi eficaz na avaliação da toxicidade de Basidiomycota. Scleroderma texense foi relatado como tóxico, mas não foi para este náuplio de crustáceo e provavelmente também não para os humanos, como a literatura recente relatou.